sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Restaurant Week - 7a Edição (Márcio)

Não está fácil atualizar o blog constantemente, mais por falta de tempo do que de novos assuntos e visitas.
Enfim, como já é de total conhecimento da população, semana passada começou mais um Restaurant Week São Paulo. O evento vai até 12 de setembro e conta com mais de "300 mil" restaurantes participantes. 

As duas únicas diferenças que eu notei nesta edição foram:
  • Aumento no preço do almoço, de R$27,0 para R$29,0.
  • A edição "abriu" uma semana antes (23 a 29/08) para quem tinha os cartões mastercard (Platinum e Infinite). 
Comi em 6 restaurantes participantes do evento e em todos, no fim das contas a experiência valeu a pena, um menos outros mais. Seguem os destaques de cada um:
  1. La Vechia Cucina (Jantar): (i) Assim como no último RW, são servidas as duas opções de entrada para cada pessoa. Ambas estavam ótimas (Vitela Tone e Tagliatelli com polpetines de carne, berinjela, tomates e queijo pecorino) (ii) O couvert não vale o preço de R$15,9, os pães estavam velhos. O pior é que só depois de voltar para casa que me lembrei que já o tinha pedido e me arrependido em outra oportunidade.
  2. Le Amitié (Almoço): Estava tudo bom, diferentemente da minha primeira experiência há uns 6 meses (Jantar a la carte). Vale revisitar.
  3. Vicolo Nostro (Almoço): (i) Suco de melão - R$9,5 (!?), mais R$0,95 para ser servido! (ii) Lugar muito bonito e espaçoso.
  4. Ak Delicatessen (Almoço): (i) Na minha mesa, de 4 pessoas, os pratos não foram uma unanimidade mas eu gostei de todos, menos da sobremesa de pudim com flor de sal, a combinação deixava um estranho gosto amargo na língua. (ii) Unanimidade mesmo foi o Pain Perdu, que pedimos depois das sobremesas do menu. (iii) A casa vai fechar, mas, felizmente, segundo a garçonete, o Pain Perdu vai continuar sendo servido na casa nova. Olha a chef dando a receita aqui. (valeu pelo link, Mari!)
  5. Tordesilhas (Jantar): (i) O risoto mulato estava muito bom! (ii) A receita da própria Mara Salles está na veja SP (aqui)  
  6. Kinu (Jantar): A melhor experiência das 6. Deixarei para um próximo post. 
Só restam mais 2 dias de evento.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Zena Caffè IV (Márcio)

Já falei bem do Zena aqui e havia prometido não falar novamente salvo alguma atualização.

Atualização:

O atendimento e o ambiente continuam os mesmos: agradáveis e simpáticos. Já o nhoque, que tanto me encantara na primeira visita e em outras duas ocasiões, não. 
O Gnocchi Zena (al Pomodoro con Fonduta di Stracchino), à primeira vista estava perfeitamente igual aos outros Gnocchis Zena. Contudo à primeira prova, já se notava a diferença: mais massudo, firme e sem muito gosto de batata. Ou seja, assim como outros tantos que se encontram por aí.
Vale a pena ressaltar que foi apenas uma visita e que pode ter sido uma  infelicidade da pessoa que o preparou no dia, mas confesso que constatei com decepção a alteração. 

Pedi também:
Coniglio alla Ligure (R$42,5) - Com azeitonas pretas, acompanhado de nhoque -  O prato estava muito bonito, o nhoque na mesma consistência do Gnocchi Zena do dia, e o coelho desmanchando do osso mas bem seco. O molho do coelho era forte e gostoso, potencializado pelas azeitonas pretas.

É claro que não deixarei de voltar ao Zena por essa visita. Mas se trata de um porém.

Posts anteriores sobre o Zena, aqui.

Zena Caffè
Rua Peixoto Gomide , 1901 - Jardins
Tel: 11 3081-2158

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Templo da Carne - Bassi (Márcio)

Do auto-proclamado criador do corte Fraldinha (um dos meus preferidos) e açouguero de origem, Marcos Guardabassi, o restaurante Templo da Carne, antigo Bassi, mantém a mesma boa forma desde a minha primeira visita há uns 4 anos.
Não é barato, mas o preço é muito bom! Principalmente levando em conta a qualidade da carne e do preparo. Diria ser cerca de 60% do preço de casas mais "nobres" como o Rubaiyat e Dinho's place. Para se ter uma idéia, nessa visita, 4 pessoas (2 homens e 2 mulheres) comeram quase até explodir e gastaram R$85,00 por cabeça (com refrigerantes e/ou água).
O salão é amplo e bonito (para 120 pessoas) e o atendimento simpático sem ser invasivo. 
Couvert (R$9,8) - Abobrinhas marinadas e grelhadas, tomate seco enrolados em abobrinhas, conservas de pimentão e beringela, vinagrete, cenouras frescas, torradas, manteiga e um molho adocicado que não identifiquei.
Estava tudo bom, nada demais. Pelo preço cobrado, vale a pena.
Costela Suína (R$18,0) - Porção de dez unidades. Tempero simples, muito saborosa. O ponto negativo foi a irregularidade no ponto da costela. Alguns pedaços mais finos, como o da esquerda, estavam bem secos. Outros maiores, como o da direita, estavam suculentos .
Olho de Bife (R$ 88,0 - para duas pessoas) - Corte do contra-filet. Muito bom! O ponto da carne estava bom, mas irregular, pois em algumas partes estava ao ponto e em outras mais para o cru. Não chegou a ser um problema, já que a carne estava por inteira macia, suculenta e saborosa.


Bisteca Fiorentina (R$98,0 - Para duas pessoas) - Uma pena que perdi a oportunidade de fotografar a carne inteira! Para quem quiser vê-la inteira clique aqui (maravilha!).
Um corte alto, bonito e gigantesco, original da toscana, consiste em parte do filet mignon (à dir.) e outra parte do contra-filet, divididas por um osso. O contra-filet estava saborosíssimo, sendo ambas as carnes macias, suculentas e grelhadas à perfeição, com aquele ótimo gosto de churrasco (Talvez um pouco cru para algumas pessoas, não para mim). 
Aliás, sobre esse último ponto, tanto no Rubaiyat quanto no Dinho's umas das coisas que mais me  incomodou foi o gosto de queimado em excesso presente na superfície das carnes, apesar de estarem no ponto correto.  

Acompanhamentos são cobrados à parte, na visita, 2 foram mais do que suficiente para 4 pessoas:
Arroz à Provençal (R$ 18,5) - Com salsinha, alho e manteiga.
Batatas Souffle (R$19,80) - Vou ficar devendo as fotos. Estavam boas.

Saí rolando e estufado de carne!! Mas ainda deu para passar na loja de carnes (anexa ao restaurante) e levar umas linguiças para comer outro dia.

Templo da Carne - Marcos Bassi
Rua Treze de Maio 668 - Bela Vista
Tel: 11 3288-7045
http://www.marcosguardabassi.com.br/ (não se assuste com a música que toca na introdução)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Mugui (Márcio)

Localizado em um prédio no início da rua da Glória (Food Center), o Mugui tem como companhia outros restaurantes japoneses como o Sukiyaki House, Sushi Isao, Sushi Gueko etc.
É pequeno, barato, tem ambiente de boteco e é especializado em comida quente (não serve sushis). Conta com a ajuda de simpáticas batians, "avós" japonesas, que servem os pratos e as bebidas.
Simpatizo com restaurantes sem grandes pretensões gastronômicas e ostentação, mas que praticam uma cozinha simples e de qualidade. Infelizmente não foi o caso do Mugui, pelo menos nos pratos que pude provar. 


Ao que interessa:  
Nabeyaki Udon - Shitake, camarões pequenos, kamaboko, cebola, cebolinha, kakiague (tempurá) - Dashi bem ralinho, sem muito sabor e com um fundo de gosto de água suja. A massa do tempura estava muito dura e seca, não combinava com o prato.
Quer comer um bom Nabeyaki? Vá ao Kaburá
Mugui Lamen  -  Lombo, omelete, kamaboko e cebolinha - Simples com um toque um pouco forte demais de gengibre, para o meu gosto. Vale pelo preço, que se não me falhe a memória não era mais que R$15. Se bem que o Lamen Kazu me parece uma melhor pedida.

Pedi também meia porção de guioza frito (R$6,0) e achei bem normal, daqueles que você compra nos "Marukais" e faz em casa. 

Não me lembro muito bem dos preços dos pratos, mas o importante é que é tudo muito barato, entre R$12 e 22.

De fato, uma visita é pouco para tirar conclusões definitivas, mas com tanto restaurante à conhecer por aí, uma nova visita fica marcada para um futuro distante. Talvez para provar o karê raisu que um casal na minha frente provou e pareceu gostar.  


Mugui
Rua da Glória 111, 1° andar sala 11
11 3106-8260

terça-feira, 8 de junho de 2010

Marina Di Vietri (Márcio)

Dezembro do ano passado havia lido, em alguma revista ou blog, à respeito desse restaurante e marquei na minha lista de próximos. Um mês depois fui visitá-lo. Cheguei na rua marcada e não o encontrei. Dei uma volta à pé e nada...Só tinha uma residência dessas de família, sem número, sendo reformada e outros restaurantes ao redor. Desisti achando que tinha anotado o número errado.
Semana passada me lembrei desse fato e fui pesquisar na internet o número correto. Cheguei lá no local e entendi tudo... A casa estava lá no mesmo lugar, Marina Di Vietri, "recém" reformada, agora com um devido letreiro em frente.
Ao entrar na casa, ao pé da porta, um simpático senhor italiano com voz de mafioso, que acredito ser o dono,  nos recebeu e nos encaminhou à mesa. A casa é pequena, devem caber umas 40 pessoas no máximo, e o atendimento foi amigável e atento.

Ao que interessa:
Couvert (R$8,0 pessoa) - Conservas de berinjelas, mini cebolas, tomates e abobrinhas. Acompanha pão italiano. - Ácidas, com textura de frescas e bem temperadas. Ótimos acompanhamentos para o pão. Destaque para as abobrinhas picantes e as minis cebolas adocicadas. 
Espaguete ao Vongole e Vinho Branco (R$36,0) - O cardápio é deveras extenso. Prefiro os mais concisos de preferência com 2 páginas. Mas enfim, resolvi facilitar minha missão e perguntei ao garçom qual seria a indicação. Que respondeu de bate-pronto o nome do prato acima. Eu, é claro aceitei no mesmo segundo.
Massa al dente e vongoles bem temperados. Um ótimo gosto de mar ácido e apimentado.    
Nhoque a la Sorrentino (R$ 28,0) - Nhoque de batata com molho de tomate e mussarela de buffala derretida por cima. Com certeza não é daqueles pratos que ficariam marcados na memória, mas é simples, caseiro e gostoso.


Tiramissu (R$10,0) - Feito na própria casa com creme de leite, mascarpone, bolacha, café e chocolate em pó. Ainda hei de provar e conhecer il tiramisù reale, lá na terra de origem. Mas enquanto isso fico bem satisfeito com esse aí. 

Uma casa italiana sem frescuras com comida boa e preços justos. Voltarei para conhece-la melhor.

Marina di Vietri
Rua Comendador Miguel Calfat 398
tel: 11 3045-4589

terça-feira, 1 de junho de 2010

Sendai (Márcio)

Nem só de sonhos vive a Liberdade... É claro!
Assim como quase todos os restaurantes japoneses do bairro, este possui um ambiente simples, porém bem conservado e limpo.
O atendimento do dia eu classificaria como sendo bruto-amigável. Você não consegue decifrar se a atendente é uma pessoa brava que está tentando ser simpática ou se é uma pessoa simpática tendo um dia de péssimo humor. Chega a ser interessante.

Pedimos o Teishoku Especial Sendai (R$130,0), suficiente para 3 pessoas:
- Sushi e Sashimi - Dos peixes se salvavam apenas os salmão e o sashimi de atum (esq. superior). Já o shari (arroz do sushi) estava com um gosto ácido forte demais, do vinagre, e com o arroz passado do ponto de cozimento.   

- Yakisakana - Anchova Grelhada - Difícil explicar. Sem tempero, consistência flácida, cor da carne meio rosada (não sei o porquê). Talvez rançoso seja o adjetivo. Não conseguimos terminar de comer.

- Tempurá - Vinha com 3 camarões médios, abobrinha, cenoura, quiabo, cebola, couve-flor e batata doce. Acompanhava o tradicional molho de tempurá, com dashi, shoyu e mirim. Estavam gostosos.    

- Missoshiru (sopa de misso) - Um pouco sem gosto, chuto dizer que o dashi não estava bem feito.

De fato é uma refeição completa, mas a cozinha me pareceu bem desleixada.

Sendai
Rua da Glória 148, Liberdade
http://www.restaurantesendai.com.br/

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Huto II (Márcio)

O sushiman Cassio Hara não trabalha mais no Huto. Em seu lugar foi contratado um ex integrante do balcão do Shin-Zushi, Lucas. Que trouxe consigo algumas características do local. 
Na minha visita, o niguirizushi veio com um formato bem parecido. O corte do peixe, antes mais comprido e espesso, agora está mais fino e mais moldado ao shari (arroz do sushi). A marca do arroz também mudou, mas meu paladar ainda não chegou ao nível de perceber a diferença. 
Contudo, as semelhanças com o Shin-Zushi param por aí. O tempero do shari e as variedades de sushi continuam seguindo a mesma linha. Enquanto no Shin-Zushi o tempero é suave para o salgado e predominam versões mais tradicionais de sushi, no Huto o tempero é mais para o doce e há mais variedades para o lado "moderno", como os niguirizushis de atum com azeite trufado ou com foie gras.
O preço também continua o mesmo, quase metade do Shin-Zushi.

Obs: No excelente Shin-Zushi nada muda. O balcão continua comandado por Ryoichi Yamashita.


Huto
Av. Jandira 677 Moema
http://www.hutorestaurante.com.br/

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Marcel II (Márcio)

Já falei antes sobre o Marcel (aqui) e sua cozinha sempre muito regular. Mantendo a qualidade até nos dias insanos do Restaurant Week. Pois então, dessa vez não foi diferente.
A casa estava cheia e o serviço simpático. Só uma coisa me irrita no serviço de lá: a maneira que servem a água. Não deixam a garrafa na mesa, colocam em uma mesa ao lado e vão servindo e repondo sem avisar. O método pode até ser "fino", mas não me agrada.


Dessa vez, vou apenas destacar dois pratos:


Coxinhas de rã, leve creme de alho e azeite de cebolinha francesa (R$ 29,0) - Nunca havia provado carne de rã. É bem parecida com frango, com uma textura um pouco mais elástica e mais suculenta (pelo menos essa que eu comi, é claro). O creme de alho era realmente leve, como dizia o cardápio. Diria ser uma entrada meio sem graça e cara. Valeu a experiência, mas não pediria novamente.
Atualização: Depois de ter escrito esse post, achei uma matéria do Paladar com depoimentos de vários jurados sobre esse prato específico. É interessante a diversidade de opiniões. Veja aqui.
Pargo à flor de sal, tomates frescos, amêndoas e aspargos salteados (R$55,0) - Perfeição! Salivo só de olhar a foto enquanto escrevo. Ótimo azeite e melhor ainda a combinação do suave sabor do pargo com o tomate e as amêndoas. O ponto do peixe estava ótimo.


Foi devorado também um Suflê de espinafre e gruyere (R$39,0 grande), que estava daquele jeito que eu sempre tento reproduzir em casa e nunca não consigo.

Marcel Restaurante
Rua Consolação, 3555
(11) 3064-3089

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Uo Katsu (Márcio)

Já há um bom tempo, o Uo Katsu deixou de lado o comércio de peixes, era uma peixaria, e se concentrou somente em atender os fiéis comensais, muito mais lucrativos.
Classificaria ele como um fast food de comida japonesa de bom custo-benefício, no qual a praticidade (custo) está acima da qualidade (benefício).
Como alternativa para um almoço japonês de dia de semana é uma boa e barata opção, frente a tantos rodízios horríveis que se espalham pela cidade. Contudo, se for levada à sério, diria que falta, à comida, cuidado no preparo e principalmente mais qualidade no shari (arroz do sushi).

Niguirizushis de Atum (R$4,0 unid), Salmão (R$3,8 unid), Buri e Polvo (R$4,6 unid) e Anchova Negra Defumada (R$4,0 unid) - A qualidade e corte dos peixes é acima da média, até dá para notar pela foto. Não diria que é ótima, mas diante do preço cobrado está de muito bom tamanho. Já o ponto baixo fica por conta do arroz, puxado para o doce, normalmente vem passado do ponto de cozimento e amassado demais.
Niguirizushi de pele de salmão (R$ 3,8 unid "não tenho certeza") - Devo confessar que sou admirador desse sushi, não muito comum pelas bandas dos restaurantes japoneses tradicionais e/ou metidos. O "salmão skin" do Uo Katsu é muito bom, pois vem ainda quente e com uma parte da carne do salmão!
Obs: É claro que o arroz tem os mesmos pontos negativos dos outros niguirizushis. 
Sashimi de de torô (barriga) de atum (R20,0-100g) , buri (R$10,0-100g) e pargo (R$9,0-100g) - Ainda com resquícios da peixaria, o sashimi de lá  é pedido por peso. 100 gramas são 10 fatias.
Os sashimis de torô (cor de rosa do fundo da foto) com certeza não serão os melhores que você já provou, mas valem o preço. O ponto fraco foi o de pargo, fibroso e com aquele gosto de peixe não muito fresco.
Lula Grelhada - Lula e Guessô (perninhas) (R$ 40,0 kg) - Para mim, essas são as novidades do cardápio. As porções da foto são 100 gramas cada. Achei ótima a idéia de grelhar as lulas frescas apenas com sal. Mas estas estavam bem borrachudas! Talvez seja falta de sorte.

Há também uma série de uramakis, hossomakis de acelga, camarão, spice tuna etc. vendidos em porções de 8. E é nesses pratos que fica evidente a falta de cuidado dos itamae-san. Esses sushis são feitos com antecedência e ficam esperando os pedidos serem realizados, igual aos lanches do Mac Donald's. 
Por exemplo esse uramaki de camarão com molho tarê ao lado. Veio com arroz demais e foi bem mal feito.
É claro que alguns vão pensar que isso é pura frescura. Pode até ser... Mas quem considera a apresentação um aspecto importante, não ficará feliz ao receber esses pratos.
Vale pedi-los se quer "forrar" a barriga de um jeito barato, antes de ir para os sashimis.

Apesar dos comentários acima, volto a frisar que se trata de um restaurante de bom custo-benefício, principalmente quando comparado com a grande maiora dos rodízios e temakerias de comida japonesa.

Uo Katsu (abre somente no almoço de seg a sab)
Tel: (11) 3051-5855
R. Manoel da Nóbrega, 1180, Paraíso
São Paulo - SP

terça-feira, 4 de maio de 2010

Batataria Santa Clara (Victor)

Valor da Conta: R$ 99,00 = 2 batatas pequenas + 1 bruschetta + 2 cervejas 600 ml.
Faz algum tempo que me recomendaram a Batataria Santa Clara, tanto pelo ambiente quanto pela comida.
De prato principal você só vai encontrar batatas, mas bem diferente do estilo "Baked Potato". São finas fatias de batatas que cobrem o recheio...não sei bem explicar. Segundo o site é uma variação da "Batatas Rösti". Acompanhando as batatas, sempre uma porçãozinha de salada.
Mas para mim, o que valeu mesmo em termos gastronômicos foi a bruschetta, uma delícia.
A Bruschetta de Cogumelos Shimeji, shitake, paris e queijo brie foi campeã !!! Todos os cogumelos bem cozidos e macios, e uma fatia de queijo brie levemente derretida e dourada.
A porção é bem generosa! Para 2 duas pessoas, 1 Bruschetta e 1 batata são o suficentes.
Seguem as fotos dos pratos:

Outro ponto importante da Batataria Santa Clara é o ambiente...proprício para casais, sendo que de sexta a domingo possui música ao vivo, voltada à MPB.

Destaco também essa pequena esquina da Rua Áurea com a Joaquim Távora na Vila Mariana. Existem diversos bares e restaurantes interessantes pela região. Segue uma lista de lugares onde pretendo ir:
1) Sorveteria Frutos do Cerrado: sorvetes de sabores exóticos como de Jaca, Jatobá, Cupuaçu, Araça, Ariticum, Mamacadela...não conheço metade deles, mas fico com muita vontade de prova-los.
2) Restaurante Sobaria:  receita típicas do Mato Grosso do Sul. Algumas pessoas já me indicaram, e iriei visitar em breve.
3) Pizzaria Vila Milagro: bem, pizza não é bem o meu forte mas de acordo com minha noiva, é a melhor pizza de chocolate do mundo. Então, a curiosidade fica.

Abraços

Batataria Santa Clara
Rua Áurea, 361

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Kidoairaku II (Márcio)

Considero o Kidoairaku um exemplo clássico da liberdade. Aquele indecifrável ambiente de boteco familiar com uma ótima e equilibrada cozinha nipônica à preços justos.
Na entrada você é sempre recebido pela "hostess" (batian) da casa, sentada em uma cama assistindo novelas japonesas (1). Hã?! Confuso com a peculiar recepção, ao se acomodar, se não souber ler em japonês, é provavel que fique ainda mais perdido ao notar os dois cardápios do restaurante, o tradicional e o da parede.
(1). O restaurante é também a "casa" da família, que fica anexa ao local.
Além desse "charme", na maioria das vezes o serviço é atencioso e a cozinha é muito equilibrada e constante.
Não há mais o que falar de um restaurante já tão consagrado pelo mundo dos blogs. Me impressionei com o número de posts sobre o Kidoairaku. Experimenta escrever no google para ver! Todos falando muito bem.
Separei um post com informações interessantes sobre o restaurante- Adega de Sakê.
Seguem alguns dos pratos que já provei por lá:
- Porco e beringela no missô - Reconfortante. Tudo em seu devido lugar, carne macia, beringela firme no ponto e missô suave. Uma delícia. Peça o prato no "modo" Teishoku para vir acompanhado do ótimo arroz e pronto! Não precisa de mais nada para ser feliz.
- Oyakodon - Uma tijela com arroz, frango, ovo, cebolinha, nori e caldo. Estava muito bom. Neste link há uma ótima receita deste prato, que eu sempre uso quando faço em casa. 
- Sashimi - Este é um restaurante para se aproveitar a cozinha quente, mas foi esse Uni da foto que me fez colocar de vez essa iguaria na minha lista dos preferidos. Até então eu não ligava muito para ele.
- Sobá - O tradicional macarrão de trigo sarraceno. Ótimo, suave e apresentação impecável. O ovo de codorna deve ser misturado ao caldo, feito de dashi e shoyu e outros ingredientes.
Enfim,
Poderia ficar aqui falando do Udon, da beringela com missô, do soba quente, da carne crua fatiada, gelatina de café. Tudo sempre muito bom, mas acho que vale mais à pena postar dois pratos, os únicos até agora, que eu não gostei:
- Yamakake - Atum e cará ralado com ovo. Nunca tinha comido antes, então não saberia dizer se estava bem feita, mas dado pelo histórico dos outros pratos, deveria estar. O Atum estava muito bom e fresco, mas a mistura não me agradou. Sempre que eu como um prato com um bom atum no meio, fico pensando que seria melhor comê-lo sozinho.
- Taça de Sorvete - Não me lembro do nome da sobremesa, mas a única coisa que tinha de natural era a banana, o resto era tudo industrializado. Doce demais!
Metas
Devem ter mais de 20 bons pratos para provar lá, devendo render ainda uns 5 anos até eu conhecer bem o restaurante. Os próximos da minha lista são o Butanokakuni (barriga de porco no caldo), que eu sempre tentei pedir e nunca consegui comer, o pregonomissozukeyaki (prego no missô) e o komotishishamo (peixe "shishamo" frito com ovas).
Os preços dos pratos variam de R$15 a R$30, ou seja, dificilmente você gasta mais que R$60,0 por pessoa.
Vá lá! Mas antes, preste atenção aos horários para não ter nenhuma surpresa:

  •   Almoço - 11:30 às 14:00

  • Jantar - 2ª a 6ª 18h30-22h30 e sáb 18h30-21h30

  • Não abre domingo 
KIDOAIRAKU
R. São Joaquim, 394
Tel: (11) 3207-8569

domingo, 18 de abril de 2010

Dois II (Márcio)

A minha primeira visita ao Dois Cozinha Contemporânea foi na última edição do Restaurante Week (veja o post aqui). Fiquei instigado por dois principais motivos 
  • Criatividade dos chefes Felipe e Gabriel, tanto no menu servido naquele dia quanto nas descrições dos outros pratos do cardápio.
  • Destaque dos ingredientes brasileiros no menu. No RW constavam pratos com pequi, cupuaçu,  doce de abóbora e goiabada.
Foram esses fatores que me fizeram voltar ao restaurante, só que dessa vez, aproveitando uma ocasião especial e pessoal, optei pelo menu degustação de 7 tempos (3 entradas + 2 principais + 2 sobremesas), R$140,00.
Enfim, a instigação se confirmou: o atendimento foi excelente, e, apesar de nenhum prato ter me deixado em puro êxtase, a experiência foi ótima. 

Ao que interessa:
1a Entrada - Ravioli de Palmito Pupunha com Cogumelos, Brotos diversos e Espuma de pupunha - Os 3 pingos entre os brotos são, da esquerda para direita, azeite de ciboullete (ótimo), azeite normal e azeite de urucum.
Prato belíssimo e interessante. Muito dificil de avaliá-lo sem ter outros parâmetros.
O destaque ficou por conta da flor de jambu (a primeira da direita). O gosto é perfumado e aos poucos uma incrível sensação de "apimentado-pinicante" vai tomando conta da língua. 
Só não entendi o papel da espuma de palmito pupunha. Não tinha gosto e, na minha opinião, se ausente deixaria o prato ainda mais bonito. 
2a entrada - Beringela na brasa com tahine, mel, sementes de tomate e ervas - Estava deliciosa. Foi perceptível o papel de cada ingrediente: a acidez das sementes de tomate, o doce do mel, o tempero da salsinha e o amargo da casca da beringela, além da própria beringela, é claro. O único que não mostrou a que veio foi o tahine, que se escondeu no doce do mel.
3a entrada - Tartar de Buri (Olho de Boi) com chantilly de mostarda dijon, ovas de Salmão e grissini de tinta de lula - Melhor entrada da noite! Buri fresco, temperado pelo suave chantilly (lembrou maionese) e salgado pelas ovas.

1° Principal - Camarão grelhado com pure de palmito pupunha, emulsão de coral e azeite de carvão - O destaque é o azeite de carvão, sensacional! Segundo o chefe, e para meu espanto, é preparado com uma brasa de carvão, que em contato com o azeite dá um sabor defumado. Os camarões estavam no ponto e a emulsão de coral (feito com  azeite e o líquido que sai da cabeça do camarão) muito saborosa.
O único ponto negativo foi o pure, que a meu ver, precisava estar mais suave. Talvez com menos sal, não sei.
2° Principal - Rabada desfiada, brotos de agrião, cogumelos e azeite texturizado de zimbro - Outro prato muito interessante. O processo para se degustar é pegar a rabada, que vem em uma bonita cerâmica, e colocar em cima da "ricota" que está ao centro. Ao entrar em contato, a "ricota" começa a derreter e se transformar no azeite de zimbro. 
Tudo que estava no prato fez muito sentido, só a rabada que podia estar um pouco mais macia (comparando com as minha referências do Bar da Dona Onça e do meu sogro).

Para limpar o paladar o chefe serviu 3 "chup-chup", que eram sucos de siriguela, pitanga e araça.
1a Sobremesa - Variação de licuri e pure de cajá manga - Esqueci completamente de tirar foto desta sobremesa, composta de licuri em 3 fases: sorvete, telha e o prório fruto seco, doce e salgado. 
Não gostei muito do sorvete, que estava com um gosto de água azeda. O restante estava ótimo.
2a Sobremesa - Harumaki de chocolate, compota de laranja e sorvete de baunilha - Perfeita! Ótima maneira de terminar o jantar.

É um menu supreendente, muito criativo, que não esquece de valorizar os ingredientes nacionais, como flor de jambu, zimbro, licuri e cajá manga. Alguns poucos pontos poderiam ter sido melhores nesse jantar, mas a experiência vale muito a pena. 

Dois Cozinha Contemporânea
Rua Antônio Bicudo 116, Pinheiros.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Presunto Cru e Melão (Márcio)

As vezes não é preciso muito para ser feliz:
100gr de Presunto Cru Villani e 1/2 Melão Espanhol.

Confesso que essa óbvia associação (presunto cru+melão), provada por mim pela primeira vez, não veio tão facíl. Na 1a tentativa provei os dois na mesma bocada! As texturas e gostos tão diferentes não agradaram o bruto e inexperiente paladar. 
O equilíbrio só se acertou mesmo, quando pensei no melão exercendo o mesmo papel que o gari entre os niguirizushis. Ou seja, o papel de "limpar" o paladar para sentir o sabor do presunto sempre como se fosse a primeira mordida.
Não tenho a menor idéia de como os espanhóis degustam essa combinação. Mas já encontrei um jeito de ser feliz e prático. 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Piegari e Las Cuartetas - Buenos Aires (Victor)

Piegari
Cozinha:Italiana
Preço : O prato principal mais caro do cardápio era $166 (pesos), cerca de R$ 83,00. Serve 2 pessoas.
Serviço: Muito bom, ambiente familiar com garçons antigos na casa
Ambiente: Muito agradável. Não muito espaçoso, mas tranquilo.

Para mim, o Piegari está classificado como um dos melhores restaurantes nos 4 dias que estive em Buenos Aires, o melhor foi o Cabaña Las Lilas. Esse restaurante se situa na "La Recova", um espaço gastronômico debaixo de um viaduto, no final da Carlos Pelegrino. Achei a idéia do lugar brilhante, pois ali se reuniram uns 4 ou 5 restaurantes de alto padrão, valorizando muito o lugar. É um ótimo local para passear e tomar um café Havanna.
Provavelmente há outras Recovas em Buenos Aires, pois o taxista que nos levou ficou indeciso sobre qual Recova estavamos querendo ir.

O meu prato:


Linguine ai Fruti di Mare, que segundo o garçom, eu só comeria esse mesmo prato na Sicília, Itália. (talvez tenha sido outra cidade, não vou me comprometer) - Estava delicioso, saboroso e bem servido.

Vale ressaltar que uma porção serve 2 pessoas tranquilamente.

Restaurante Piegari
Posadas 1042
Recoleta, BAs.
Tel: 4326-9654/9430
_________________________________________________

Outro prato que me deixou muito feliz em Buenos Aires foram as empanadas no "Las Cuartetas", muito gostosas e baratíssimas. É um botecão no Centro de Buenos Aires ideal para um petisco rápido e sem muitas frescuras.
Em minha próxima viagem a Buenos Aires com certeza iriei visitar outros restaurantes no "La Recova", comer umas empanadas, e passear mais pela região de Palermo!!! Ah, e também comer menos no almoço para poder jantar melhor.

Las Cuartetas
Corrientes, Av. 838.
Centro, BAs.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Deigo (Márcio)

No melhor estilo Liberdade de ser, esse escondido restaurante é só para quem conhece muito bem o bairro ou para quem leu esse post ano passado (meu caso). 

"Deigo" é a flor simbolo da província de Okinawa. É o único restaurante especializado em cúlinária utinanchu (de Okinawa), que conheço.
Um japonês pitoresco e interessante. Os preços são justos. Minha impressão é a de que o tempero é mais pesado que o usual nipônico, mas ainda assim equilibrado.
Não se encontra o mesmo conforto da comida no ambiente do restaurante. Uma espécie de bar rústico, sem ar condicionado (se não me falhe a memória). Bem quente nesses dias de verão, um pouco desagradável.

Ou seja, não é para qualquer um!

Ao que interessa:
De entrada, fui logo pedindo Gôya Champpuru (R$10,0 a porção pequena) -  Esse exótico e feio vegetal, mais conhecido como Nigauri, é peça chave na culinária utinanchu. Veio com ovo e lascas de bonito seco.
Estava esperando aquele "amargo punk" apontado pelo Bicho, mas felizmente estava mais para soft amargo (a garçonete me informou que essa versão do prato não é tão amarga quanto o tempura). É um prato perfeito para comer tomando cerveja.
 
- "Costelas Cozido c/misso" (R$ 28,0) (conforme escrito no cardápio) - Veio desmanchando. Deliciosa! Acompanhada de bastante cebolinha. O missô não chega a ser suave como a "beringela e carne de porco no missô" do Kidoyaraku, por outro lado, não chega a tomar conta do sabor da carne. Com uma porção de arroz, dá uma ótima refeição, com sustância de sobra.

- Costela com Soba (R$ 15,0) - Leigamente falando, tá mais para um Tyashu Lamem (de costela de porco) do que para Soba. Não tem sutilezas, mas é gostoso, seguindo também a linha da sustância.

Deigo
Pça. Almeida Júnior, 25, Liberdade
Tel: (11) 3207-0317

quinta-feira, 11 de março de 2010

Brasil a Gosto - RWSP (Márcio)

A chefe Ana Luiza Trajano, apesar de jovem, já é reconhecida, pela mídia especializada, como pesquisadora especialista em gastronomia brasileira. Não por acaso, o restaurante ganhou o prêmio da Veja de melhor Brasileiro em 2006 e 2007 e a chefe ganhou o de revelação, em 2007, pelo guia quatro rodas.
Em resumo, o almoço do cardápio do RW é uma ótima oportunidade para conhecer o restaurante gastando pouco. Ou talvez, foi uma ótima oportunidade, já  que o fim do evento está próximo e o restaurante já deve estar com as reservas cheias.
Para quem perdeu, a partir da semana que vem, nos almoços de terça à sexta, passarão a servir um menu, no mesmo estilo, por R$37,50.
Cozinha: Brasileira.
Preço normal: Entrada + Prato principal + Sobremesa = R$80 - 120.
Serviço: É atencioso, porém estavam um pouco atrapalhados. Provavelmente pela lotação causada pelo RW.
Ambiente: É espaçoso e muito agradável. A bonita decoração (fotos, cerâmicas, móveis, etc) evoca a diversidade cultural brasileira.
Destaque 1: O Pitéu, como é chamado o couvert do restaurante, é passagem obrigatória! Composto de uma cesta de mandiopã, outra cesta de chips de mandioca, mandioquinha e batata doce, biscoito de polvilho, deliciosos pães variados, coalhada caseira com pesto de cheiro verde e uma ótima combinação entre manteiga aviação, baru e alho. Tudo isso por módicos R$6,00 (no almoço).
Nota: 9

Almoço:
Queijo coalho na chapa, melaço e pesto de cheiro verde - Não achei que o pesto iria combinar tão bem com o queijo.
Salada de folhas verdes, molho de coalhada e minibiscoito de polvilho - É o que parece. Bem simples, nada demais.
Tilápia rosa grelhada, purê de mandioquinha e molho de cebola - Uma delícia! Pele crocante, peixe perfeito. Apenas o molho de cebola não contribuia com o prato, estava exagerado no sal.
Arroz cateto com feijão verde, palmito pupunha e banana grelhada - Ótimo prato. Com muitas texturas diferentes, sendo que nenhum ingrediente sobressaía demais. Os vegetarianos também estão bem servidos nesse restaurante. 
Bombocado com calda de limão - Uma calda de goibada acompanhava a boa sobremesa. Praticamente um quadro de arte.
Pudim de tapioca com calda de pitanga - Achei um pouco sem graça, quase não senti o gosto da calda de pitanga.  

Brasil a Gosto
Rua Prof. Azevedo do Amaral 70, Jardins (Travessa da rua Barão de Capanema)
http://www.brasilagosto.com.br/site/

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dois - RWSP (Márcio)

Tenho uma ótima lembrança do local onde hoje está instalado o restaurante Dois - Cozinha Contemporânea. Há cerca de 8 anos, havia um ótimo italiano nesse local, o Felici. Uma cozinha bem autoral, cujo cardápio era composto por, no máximo, 6 opções de massas e mais algumas de carnes (2 páginas ao todo). Lembro-me ter ficado encantado na primeira vez que fui, pena que durou tão pouco. Na 2a  visita o restaurante já estava fechado.

O Dois, é novo. E espero que não tenha o mesmo fim do finado Felici. Pelo menos não tão cedo. Inaugurado em 2008, tem no comando dois jovens chefes: Felipe Ribenboim e Gabriel Broide.
Conforme consta no site:
Felipe - Trabalhou na Espanha, nos restaurantes "elBulli", de Ferran Adria, e "Arzak", de Juan Mari Arzak. É estudioso da culinária Amazonense.
Gabriel - Já estagiou nos restaurantes Café Boulud e Daniel, em Nova York, e no D.O.M, com o chef Alex Atala. Trabalhou também no Emiliano, Laurent e Bistrô Jaú.

O RW é uma boa oportunidade para conhecer uma amostra do trabalho deles.

Cozinha: Brasileira com referências Judaicas
Preço normal: Entrada + Prato principal + Sobremesa = R$70 - 100.
Serviço: Discreto e correto, mas despreparado quando perguntado sobre informações dos pratos.
Destaque 1: Se estiver com fome, vale à pena aceitar o couvert, composto de bons pães, azeite, flor de sal, manteiga e uma ótima coalhada caseira.
Destaque 2: Um dos poucos restaurantes brasileiros que publicam o cardápio com preços no site.
Nota: 8

Jantar:

Gazpacho transparente -  Estava bom. Não costumo reclamar da quantidade do prato, mas dessa vez estranhei o tamanho da "porção" dessa entrada, que veio em uma xicará média de café, literalmente.
Salada de camarão com chips de batata doce, laranja e vinagrete de cítricos - Perfeita harmonia entre a acidez do molho, a gordura do chips e o camarão.
Galinhada com arroz de pequi - Uma coxa e uma sobrecoxa que desmanchavam na boca. O arroz, muito bem perfumado pelo Pequi, cujas características eu desconhecia completamente. No ótimo blog Come-se, há uma boa descrição do Pequi, aqui.
Espaguete com costela desfiada, farinha de pão de ervas e alho assado -  Estranhei a "farinha" de pão, que estava mais para croutons. O prato é simples e gostoso, não tão marcante como a galinhada.
  
Sagú de cupuaçu e creme de chocolate branco - Surpreendente! O sabor marcante do cupuaçu com um toque doce suave do chocolate. Não conheço as sobremesas do cardápio normal, mas não há motivos para não incluir esta.
Trio de doces brasileiros e fromage blanc - Não agradou muito. O trio era composto de doce de abóbora, goiabada e doce de leite. O papel do "fromage blanc" não ficou claro para mim. Pensei que seria um substituto do queijo minas, que cairia muito bem, mas o queijo, apesar de gostoso, era azedo e brigava muito com o trio.

Resumindo, com certeza voltarei ao restaurante para experimentar outros pratos do cardápio. A experiência me deixou curioso.

Dois Cozinha Contemporânea
Rua Antônio Bicudo 116, Pinheiros.

quarta-feira, 3 de março de 2010

La Vecchia Cucina (Márcio)

Para movimentar um pouco o marasmo que está o blog, segue um post fresquinho diretamente do La Vecchia Cucina, 1 dos 200 participantes do 6° Restaurant Week São Paulo, somente no jantar (R$39), neste caso .

É o principal restaurante do chef. Sergio Arno, proprietário da boa e regular franquia La Pasta Gialla e do restaurante Alimentari.
Essa foi apenas minha 2a visita. Sendo que a 1a visita, que ocorreu há uns 4 anos, não marcou muito na memória. O que não quer dizer muita coisa, pois ela anda mesmo meio capenga.
Enfim, ótima oportunidade de tirar conclusões mais precisas.

Cozinha: Italiana
Preço normal: Entrada + Prato principal + Sobremesa = R$80 - 150.
Serviço: 99% do tempo foi correto e discreto. Deslizou nos acréscimos do 2° tempo, ao entregar a conta sem termos solicitado - erro grave.
Ambiente: Discreto e aconchegante, com bom espaço entre as mesas.
Destaque1: Você come 2 pratos principais! Tá certo eles são em porções menores. Mas é um cardápio que possibilita conhecermos melhor o restaurante.
Destaque2: O simples couvert que custa R$ 15 por pessoa não vale muito a pena. É formado por pães, 2 opções de patês, manteiga e canapés de cebola com maionese.  
Nota: 7

Comida:
- Trio de Ceviches - Uma taça ceviche de Robalo, Camarão e Polvo. Veio bem à caráter, com cebola roxa, coentro, batata doce e limão. Estava boa, com o trio bem fresco e saboroso. Só não gostei da maneira que foi servida, o caldo fica todo no fundo da taça e deixa toda a parte de cima um pouco seca.

 - Tagliolini com ragu de ossobuco - Melhor prato da noite! Massa deliciosa, fresca, bem fina e estreita. Molho suave com um fundo de uma boa manteiga.
A outra opção de 1° prato era trocar o ossobuco pelo peixe.

- Entrecôte ao molho curry com purê de banana da terra. Um pouco decepcionante. A carne estava ao ponto e suculenta, mas o molho e o purê de banana vieram doces demais. Não houve equilíbrio entre os ingredientes. 
Há a mesma opção de trocar a carne por peixe, no caso robalo ou salmão. Experimentei um pedaço do prato com o robalo, que passou um pouco do ponto de cozimento e estava muito salgado. Ou seja, não havia muita saída nesse caso.

Panacotta com calda de gengibre - Além da calda de gengibre, havia uma calda de fruta(s) vermelha(s) e raspas de limão.
Confesso que não tenho base de comparação, mas prefiro uma versão da panacotta bem mais suave contrastando com uma calda mais azeda, tipo a do Zena Caffè.
La Vecchia Cucina
Rua Pedroso Alvarenga, 1088 - Itaim Bibi - São Paulo